Uma vasta zona ao sul do posto administrativo de Inhangoma em Mutarara, rica em agricultura, todos os anos fazia-se duas épocas da colheita, especialmente o milho.
Gogodane, nome de um rio resultado de vários riachos que se juntaram quase próximo do rio Chire, surgindo um leito de quase cinco quilómetros de comprimento, drenando suas águas no Chire.
Para além das suas margens proporcionarem ricas terras para agricultura, o rio Gogodane era rico em pescado, muitos jovens iam lá pescar de anzóis e os mais velhos praticavam pesca artesanal, construindo uma espécie de cercos nas margens, utilizando o caniço,eram profissionais, uma actividade que cobriam todas as necessidades domésticas.
Esta zona conheceu pela primeira vez, uma escola primária missionaria católica em 1964, leccionando apenas pré-primária e primeira classe, para completar o ensino primário e quem pudesse, arriscava-se a percorrer vinte e cinco quilómetros para a Missão da Nossa Senhora do Carmo em Traquino, uma pequena vila, com lojas e a sede do posto administrativo de Inhangoma e o respectivo centro missionário.
Para matar saudades,em 2011 no mês de Dezembro viajei até Gogadane, confesso que foi uma grande ilusão, encontrei meia dúzia de palhotas, hoje a região está quase desabitada, as actividades que mencionei atrás já não se faz sentir com as mesmas dimensões.
As constantes cheias, muitas vezes originadas pela barragem hidroeléctrica de Cabora Bassa, como medida preventiva, o governo criou novas zonas de reassentamento, uma nova vida e outra forma de se viver. O que requer algumas infraestruturas, escolas, postos de saúde, estradas e um impulso na parte do governo para ressurgirem comerciantes formais bem estruturados.
O rio Gogodane permanece nas mesmas dimensões e no mesmo lugar com variadíssimas qualidades de peixes, incluindo o famoso peixe pende, o que me cria nostalgia!
MISSÃO NOSSA SENHORA DO CARMO
CARRO DO SR. PADRE EM INHANGOMA
( Images tiradas em 2011 em Dezembro)
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