sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

“Homem feito refém pela Renamo é do SISE”




-Garante o ex-membro do SISE, Adolfo Beira, em entrevista exclusiva ao Canal de Moçambique/Canalmoz

Maputo (Canalmoz) - O homem que feito refém recentemente pela Renamo na sua antiga base, no interior do posto administrativo de Vunduzi (em Gorongosa), onde se encontra a residir actualmente o líder da Renamo, foi confirmado como membro do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE) que estava em missão de busca de informação para.
A confirmação é de do actual coordenador dos ex-operacionais do Serviço de Informação do Estado (SISE), Adolfo Beira, em entrevista ao Canalmoz/Canal de Moçambique.
Adolfo Beira explicou que a justificação daquele homem segundo a qual caiu na base da Renamo à procura de um curandeiro de nome Samatendje para lhe agradecer por conta de um trabalho que lhe tinha feito na década de 70, não constitui a verdade. O nosso entrevistado sustenta suas afirmações dizendo que “Samatendje existiu, sim, mas na década 90 e a década 70 que ele fez alusão talvez não tivesse idade suficiente para procurar um curandeiro”, disse.
“Tratou-se de um espião desprovido de técnicas para obter informações do interesse do País,” disse Adolfo Beira.
O homem em causa é identificado pelo apelido de Mulhanga. Reside nas imediações da Ponta Vermelha, o palácio presidencial, na cidade de Maputo. Trabalha actualmente no Gabinete de Estudos do Ministério do Interior, mas quando foi neutralizado pelos homens de Afonso Dhlakama no perímetro da zona onde reside o líder da Renamo actualmente, disse que era funcionário dos Caminhos de Ferro de Moçambique.
Uma fonte contou ao Canalmoz que o Sr. Mlhanga é espião de longa data, formado na China em reconhecimento e durante a presidência de Joaquim Chissano esteve afecto à casa militar como um dos homens da equipa de avanço para locais onde o chefe do Estado iria de visita.
Mulhanga foi foi feito refém juntamente com alguns membros da sua família e só foi solto mediante a intervenção da Polícia a nível da cidade da Beira. Um fonte disse que a esposa de Sr. Mulhanga que estava na sua companhia é também agente da Polícia.

Actual SISE é inoperante

Segundo a nossa Adolfo Beira, a neutralização de um agente do SISE pela Renamo mostra que esta instituição “é inoperante” actualmente “razão pela qual acontece em Moçambique todo o tipo de crime, desde mortes a agentes da Polícia, assaltos a bancos e até sequestros”, disse o ex-operacional do SISE numa entrevista que pode ler na íntegra na próxima edição do Canal de Moçambique que vai à rua no próximo dia 31 de Dezembro deste ano, segunda-feira.
“É vergonhoso e perigoso o que aconteceu com o homem feito refém em Vunduzi, porque a partir do momento que um informante do Estado cai nas mãos do inimigo, corre-se sérios riscos de ele passar grandes segredos do Estado e praticamente vender o País”, disse Adolfo Beira.
Beira disse que o SISE actual está cheio daquilo que ele chamou de “nabos”, porque na sua opinião o SISE tem uma missão que é detectar todo e qualquer plano que atente contra a soberania da Nação, mas agora não acontece.
O nosso entrevistado vai longe ao afirmar que o SISE está, à semelhança de outras instituições, partidariza e totalmente virada aos interesses do partido Frelimo. (André Mulungo)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

MWATHUMUNO: O ORGULHO DE MISSUASSUA

MWATHUMUNO: O ORGULHO DE MISSUASSUA:           Os anos se foram e os tempos vão-se moldando ao ritmo actual. Pensando na vida que a juventude partilhava outrora nas suas acti...

O ORGULHO DE MISSUASSUA

          Os anos se foram e os tempos vão-se moldando ao ritmo actual. Pensando na vida que a juventude partilhava outrora nas suas actividades diversas, se vislumbra uma tenebrosa diferença com a situação juvenil actual.
         Os pais são hoje simples expectadores, sem poder de travar o avanço mal gerido na sociedade que atinge filhos incautos e teimosos em auscultar aos mais velhos.
          Os meios de comunicação superam as nossas capacidades de gerir o rumo de nossos filhos, nos deparamos com uma  incapacidade de tornearmos nossos filhos aos padrões culturais da nossa sociedade, pelos meios agressivos da tecnologia, o que chamamos de evolução e o desenvolvimento.
         Os nossos filhos negam as origens, induzidos pelas correntes sociais de outras civilizações que nada têm a ver com o nosso estilo de vida e civilização.
        O facto de aprendermos a escrever e ler, de forma alguma pode significar o abandono às nossas origens.
        Hoje impávido e serenos temos assistido comportamentos rebeldes de nossos filhos, sem termos meios para travar o fenómeno, como esse tão insípido para sociedade e a nossa dignidade Humana. Impávido e serenos mas numa inconformação.
        Vezes sem conta temos assistido, nossos filhos a marginalizarem-se da família  ou seja da sua comunidade de origem, vergonha de ser identificado como filho daquela família ou originário daquela comunidade. Vivem confinados nas grandes cidades e evitam a todo custo, discutir ou falar de sua terra natal. Estão condenados nestes lugares a pena perpétua, morrem de vergonha visitar sua origem...
         Para que valem os conhecimentos desses senhores? Como os julgaremos, esses que vivem em grandes cidades e não reconhecem a região onde deixaram cair os seus cordões umbilicais?
Saibamos que o valor do homem surge na sua família e no seio daqueles com quem viveu sua infância, pessoas da terra de origem.
       Ter orgulho das suas origens é o mais ético no seio da intelectualidade. Os grandes e ilustres homens que passaram por este vasto Mundo, deixaram a sua sabedoria e as marcas de suas origens,por essa razão tiveram a sorte de se tornarem eternos, para o Mundo e para os seus.
       As emoções e ilusões desenfreadas, são características de um intelectual tomado órfão das origens e da sociedade em geral, não tem algo de exemplo, apenas tem o Mundo mas sem tecto!