sexta-feira, 16 de setembro de 2011

AS REALIDADES E OS FACTOS

         

             O nosso país é vítima de muitas cobiças, de grandes empresários de outros países, sem querer citar alguns. O que procuram esses empresários são as nossas riquezas do subsolo, entre tantas outras, as do subsolo são as mais cobiçadas.
                Por vezes as zonas com tais riquezas são povoadas há séculos pelos nativos, e estes são por vezes obrigados a abandonarem as suas terras. Mas em troca de quê? Eís a pergunta que se faz a cada esquina, onde se concentram pessoas cépticas à essas movimentações.
                   Foi exactamente por essa razão que tirei algumas imagens, de casotas construidas para tais desterrados. Estou a falar concretamente de Moatize, onde existem muitos abrangidos por estas medidas devido ao carvão ou(diamante).
                  Podemos ver atentamente que as casas de primeira fila, isto é, ao longo da estrada são pelo menos de tipo dois, e as que estão um pouco fora de alcance imediato ou a segunda fila,pode-se chamar de latrinas melhoradas, se não estiver bem atentos a elas...





                   Os chamados novos bairros, o que tem de melhor são as salas de aulas e postos de socorros médicos. E a quem diz: vale a pena latrina melhorada que uma palhota. Bem são pontos de vistas, ou uma forma de conformar-se pela usurpação de terras de antepassados... 

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

FUNDO PELA DIGNIDADE


            FUNDO PELA DIGNIDADE

           É assim que decidí chamar a esse dinheiro, que anda a volta em território nacional. Dignidade,porque é o que se pretende,criar homens capazes de se tornarem mini-empresários e empregadores.
            Uma idea muito boa, sem dúvidas,pecando apenas no pessoal escolhido para gerir esses fundos. A partir de falta de conhecimento da coisa pública, a forma como ela deve ser gerida(coisa pública), o entendimento claro sobre os objectivos desses fundos e o interesse que o governo tem nesses fundos,não tem êco nos gestores adoptados.
             Se não tivermos muita atenção podemos até acusar os dirigentes municipais, de nepotismo ou burrocracia. Quando na verdade as comissões não valem para nada. Se existem algumas eficientes,não se pode comparar com os homes do posto municipal do Chiveve, da cidade da Beira.
            Os senhores das comissões coordenadoras devem saber que o dinheiro é disponibilizado para pessoas, pelos menos com alguma experiência em negócios, partindo de fundos próprios. Não vamos inventar negociantes a partir deste dinheiro.
              Os homens das comissões funcionam muito mal, sinal de que estão mal formados e informados concernente aos objectivos deste fundo. Julgam alguns serem financeiros, pois até alguns são arrogantes, por causa deste dinheiro. E atendem muito mal as pessoas.
               Como é o exemplo desta desgraça, o posto municipal de Chiveve da cidade da Beira, onde pude presenciar o mau atendimento pelo senhores financeiros mal arquetectados. Confundem tudo e com todos. Isto é, tratam as pessoas como se fossem mendigos. Isso é mau...
                    MWATHUMUNO

domingo, 21 de agosto de 2011

A CIDADE DA BEIRA E OS SETE MILHÕES


       


          Os comentários são divergentes, exactamente quando se sabe que o dinheiro já se encontra em poder do município, sendo o montante supperior a sete milhões, se não, mesmo se fala de quinze milhões. Os ditos micro-empresários e os informais, estão todos a espera, sem um possível transparecer de uma distribuição aos destinatários, tudo no segredo de deuses.
             Há dias num comício popular no bairro de Esturro, na escola secundária Samora Machel, orientado pelo senhor governador, Carvalho Mwaria, os populares de bairros de Matacuane e Esturro afluiram a esse encontro para especialmente desabafarem a respeito do financiamento já disponibilizado pelo governo central e que teimosamente se recusa chegar as mãos de pessoas indicadas.
              Numa casa que não tem de comer, não se deve mastigar se quer um palito, se não crianças perguntam: papá está comer o quê? É exactamente o que está acontecer na cidade do Chiveve, sobretudo quando os dirigentes municipais não se pronunciam perante tamanha indignação de municípes.
                 Especulações não faltam, há quem insínua de haver distribuição pelos partidários de quem está no poder nesta cidade. Enquanto não haver explicações convicentes, tudo é possível de imaginar.
                 Esperemos para vermos até onde vão chegar os quinze milhões tão sigilosos. A verdade é uma não fumo sem fogo!

A VIAGEM DIFÍCIL

                        




          Todo o homem tem o prazer de um dia tornar a sua terra natal, o regresso ou para uma visita. É um sonho de qualquer um, reviver os tempos passados e revisitar os amigos da infância. Preparei-me num belo dia para visitar Mutarara, minha terra natal que me viu a nascer há meio sêculo, o desejo de muita gente.
           Preparei o meu Land-cruiser, partí da cidade da Beira onde actualmente moro com a minha família a bastante tempo. O trajecto para Mutarara é complicado, só para dizer que a vila de Mutarara não tem acesso fácil, condenado a uma ilha dentro do país, devido as más condições das vias. Foi necessário escolher: Via Tete ou Zambézia passando pelo distrito de Morrumbala e depois descer ao rio Chire e atravessando pelo Batelão. Optei pela via Zambézia atravessando primeiro o rio Zambeze pela ponte Guebuza, deixando assim para trás Mutarara até Morrumbala.
            De Morrumbala descí ao Chire, devo dizer que daquí ao rio a estrada é péssima, e o Batelão é manual e lento, são quinze ou trinta minutos ao mínimo para chegar a outra margem em Mutarara, posto administrativo de Inhangama e esta via é pior ainda que a de Morrumbala.
             Para chegar ao meu distrito sofrí muito, foi como se tivesse viajado para o Malawi. Por vezes interrogo-me: Sobre a ponte de Dona Ana que liga os  distritos de Caia e Mutarara que logo após a guerra dos dezasseis anos o governo de Moçambique reabilitou-a, autorizando a passagem de carros. Quem desautorizou o governo proibindo a passagem de carros? De certeza seria um engenheiro que não tem nada a ver com a população de Mutarara e muito menos a sua economia, sem bem era o acesso fácil para Mutarara. É bom lembrar que este governo tem tentado minimizar o sofremento das populações e há pessoas que implicitamente impedem esse plano.
               A desculpa de danificar a ponte é descabida, tendo em consideração a tonelagem de cada composição de um comboio de mercadirias e um simples carro de mercadorias ou passageiros. A experiência tinha sido feita. Qual foi o erro? Eu própria atravessei a ponte por três vezes de Land-cruiser sem problemas nenhuns.
               Os técnicos devem trabalhar cooperando com os planos do governo, não deve ter interesses mesquinhos desprezando a vida de um povo, desculpando-se com elementos infundados para agradar os patrões esquecendo o seu povo que está sofrendo. Estou-me a referir técnicos moçambicanos envolvidos na reabilitação da ponte , que tenho toda certeza que foram esses que impediram a transição de carros para Dona Ana, para beneficiarem programas estrangeiros, onde são empregados.
                 E falando de Mutarara, o problema não se resume só na ponte Dona Ana, temos estado a enfrentar problemas sérios para deslocar de Tete-Mutarara ou vice-versa. A estrada de Mutarara para Tete é calcanhares de Aquíles, o transito é muito sacrificado se não mesmo difícil. Partindo de Mutarara, Sinjal, Dôa, Chiweza, Cambulatsitsi e Moatize, este trajecto é uma lástima.
                 Para viajar bem de Tete para Mutarara, é preciso passaporte e via Malawi, viagem segura sem atropelos mas longa!
                 Para quando esse problema?
                 Tenho acompanhado o programa do governo” estrada Zumbo-Mutarara” seria uma solução em parte. Todavia, os amigos e naturais de Mutarara residentes em Maputo, Beira, Xai-xai,Inhambane e outras zonas do sul Zambeze, querendo viajar para este distrito, terão problemas sem solução. E é muito triste!
                 A solução seria a ponte de Dona Ana passarem carros ou colocar pelo menos um batelão em Sena, para transporte de carros e passageiros de Sena e Mutarara.
                 Os programas do governo têm de ser acompanhados por todos, sendo pessoas de boa fê e que querem o bem e o desenvolvimento socio-económico de todos os distritos deste país que se chama Moçambique.
                  Ah! Eu não sou de Mutarara, nesta ponte não devem transitar carros. Está bem irmão moçambicano, não és de Mutarara mas és de Moçambique, unido do Rovuma ao Maputo e Do Zumbo ao Índico. Qual é o teu problema? Dinheiro só para si? E os outros moçambicanos podem morrer desgraçados! Que burguesia interna! A crescer a olhos nús, todos a assistirem. Por favor camufulem-se! E abram caminho para os outros que também são moçambicanos.




           José Manuel Meque: @arassul
                                            www.facebook.com/jose manuel meque
                                            www.sites.google.com/site/famrassul
                                            www.flickr.com/nsaymaria