domingo, 30 de junho de 2013

PRESIDENTE GUEBUZA DISPOSTO A REUNIR-SE COM O LÍDER DA RENAMO

PRESIDENTE GUEBUZA DISPOSTO A REUNIR-SE COM O LÍDER DA RENAMO 30-06-2013 13:55:17 Maputo, 30 Jun (AIM) – O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, está disposto a reunir-se com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, num encontro que deverá ocorrer

                                                                                    

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, está disposto a reunir-se com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, num encontro que deverá ocorrer próxima semana na capital do país, Maputo. O facto foi anunciado no princípio da tarde de hoje, no palácio presidencial, em Maputo, pelo Conselheiro e Porta-Voz do estadista moçambicano, Edson Macuácua.“No prosseguimento da sua abertura dentro do diálogo com a Renamo, sua excelência o Presidente da Republica, Armando Guebuza, está disposto a manter um encontro com o dirigente da Renamo, próxima semana, na cidade de Maputo”, disse Macuácua.De acordo com a fonte, o Presidente Guebuza mandatou a delegação do governo, chefiada pelo Ministro da Agricultura, José Pacheco, para criar condições que resultem na efectivação deste encontro ao mais alto nível.
A agenda do frente-a-frente entre o Presidente Guebuza e o Líder da Renamo será, segundo Macuácua, fixada no quadro da preparação que será feita pelas delegações do Governo e da Renamo que voltam a estar à mesma mesa esta Segunda-feira.
Macuácua anunciou ainda que no encontro de Segunda-feira o governo vai apresentar um ponto prévio que é a desmilitarização da Renamo.
“O Governo vai apresentar no encontro de Segunda-feira um ponto prévio que tem a ver com a desmilitarização da Renamo, para que este movimento se conforme com o quadro de um Estado de direito democrático que regula as actividades dos partidos políticos no país”, frisou Edson Macuácua, nesta sua primeira intervenção na qualidade de Conselheiro e Porta-voz do Presidente Guebuza.
O Presidente Guebuza nomeou, há sensivelmente duas semanas, Edson Macuácua, para este cargo.
Ficou também decidido que esta individualidade passe a fazer pronunciamentos regulares à imprensa em nome do Chefe de Estado.
Para além de ter sido deputado da Assembleia da Republica, o parlamento moçambicano, Macuácua já exerceu as funções de Porta-Voz do partido governamental, a Frelimo, e de Secretário do Comité Central deste partido para a área de Mobilização e Propaganda.
mz
AIM – 30.06.2013
NOTA:“Macuácua anunciou ainda que no encontro de Segunda-feira o governo vai apresentar um ponto prévio que é a desmilitarização da Renamo.” Com este ponto prévio está de ver que não vai haver qualquer encontro…Fernando GilMACUA DE MOÇAMBIQUE


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Localização do bando que assaltou o chefe do Estado Maior General das FADM



Polícia continua sem norte
- Três pistolas e um computador portátil (talvez com informação classificada) continuam em mãos criminosas
As autoridades policiais ainda não tem pistas razoáveis que possam, a curto prazo, ajudar a identificar e localizar os componentes do bando que na sexta-feira da semana antepassada, assaltaram, em plena via pública, o chefe do Estado Maior General das FADM (Forças Armadas de Defesa de Moçambique), numa façanha criminal que, de alguma forma, colocou a nu, as fragilidades de todo um Estado. Na altura do assalto, recorde-se, a viatura de Paulino Macaringue, foi emboscada em plena via pública na cidade de Maputo e depois de os bandidos terem dominado completamente aquele dirigente da defesa e segurança e seu ajudante de campo, os bandidos pegaram na viatura de marca Range Rover, 3 pistolas e ainda um laptop (computador portátil). Teme-se que o computador portátil do chefe do Estado Maior contenha informações classificadas do sector da Defesa e Segurança.
Tendo em conta não haver ainda pistas do grupo, a informação classificada pode estar ainda em posse de mãos criminosas e não autorizadas.
Dos bens roubados, a polícia só conseguiu recuperar o carro. Aliás, a polícia encontrou o carro abandonado na cidade de Xai-xai, província de Gaza.
Pedro Cossa, porta-voz do Comando Geral da Polícia, disse ontem, que a polícia moçambicana continuava a fazer todas as diligencias necessárias no sentido de localizar o bando que conseguiu a façanha de desarmar o segundo mais importante dirigente das FADM, depois do Presidente da República que, constitucionalmente é o Comandante em Chefe das Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
“Gostávamos que entendessem que ainda não temos informação relevante sobre o assalto ao general Macaringue. Mas as autoridades já estão a trabalhar no sentido de esclarecer o crime. Em breve terão alguma notícia à volta do assunto” – prometeu Cossa.
A falta de pistas para a recuperação dos bens do chefe do Estado Maior General acontece numa altura que o país vive uma verdade tensão político/militar, tudo por causa das posições musculadas que tem estado a ser apresentadas pelo governo e pela Renamo. Mais grave ainda é o facto de este cenário estar a ser acompanhado por incursões militares supostamente protagonizadas por homens da Renamo contra alvos eminentemente militares e policiais.(Ed. Conzo)
MEDIA FAX – 19.06.2013

A TERRA ESQUECIDA (MUTARARA)

                    


           Mutarara tanta gente gerou que insistentemente se esquiva desta terra, procurando melhores lugares de acesso fácil, como se pudesse também mudar a naturalidade, é o fenómeno que se vive com muita frequência nesta terra isolada.
          Apesar de haver gente assim, com pensamento distanciado a sua terra natal, existem filhos espalhados pelo Mundo que sonham e estimam sua terra Mutarara, são pessoas bem posicionadas socialmente que nunca ousaram desprimorar os assuntos da terra, e falam publicamente donde são.
          Não é necessário viver em Mutarara para sentir o pulsar deste distrito, em qualquer ponto do Mundo para quem bem sabe onde viu pela primeira vez os raios solares, tem o dever moral perante sua gente que lhe viu a nascer.
           Ajudar a delinear planos sócios económicos, fazer propostas construtivas a quem de direito, projectar o distrito ao mundo fora, nas publicações, ou em livros que tantos mutararenses têm experimentado ultimamente, conforme as obras que temos estado a acompanhar. Absolutamente, até hoje ninguém fez alusão a sua terra Mutarara, é por isso que digo, Mutarara terra esquecida por quem de lá primeira vez viu a luz do sol.
                                          JMM(Nhansôa)

terça-feira, 18 de junho de 2013

GOVERNO REITERA QUE ASSALTO A PAIOL NÃO VAI INVIABILIZAR DIÁLOGO COM A RENAMO



O governo moçambicano tranquiliza e assevera que o assalto perpetrado na madrugada de Segunda-feira a um paiol das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) no posto administrativo de Savane, distrito de Dondo, na província central de Sofala, não vai inviabilizar o diálogo em curso com a Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique.
O governo e a Renamo encontram-se envolvidos num diálogo, a pedido desta formação política, para discussão de uma agenda que inclui quatro pontos, nomeadamente um novo pacote eleitoral, despartidarização da administração do Estado, matérias relativas a defesa e segurança e questões económicas.
O ataque resultou na morte de pelo menos cinco membros das forças de defesa e segurança de Moçambique.
Esta posição foi manifestada pelo porta-voz da 19ª sessão do Conselho de Ministros ocorrida hoje, em Maputo.

“A vontade do diálogo do governo e a vontade de manter a situação de estabilidade política que prevalece no nosso país não vai ficar afectada por essa acção irresponsável, por essa acção injustificada levada a cabo pela Renamo”, disse Gabriel Muthisse, porta-voz do encontro.
“Nós vamos nos encontrar com a Renamo na Segunda-feira para as sessões de diálogo”, acrescentou.
Questionado sobre as razões que levaram o governo a atribuir o referido ataque a Renamo, Muthisse arrolou uma série de eventos ocorridos em Moçambique nos últimos anos.
“O percurso deste partido, as ameaças que vem proferindo ao longo dos últimos meses, até diria ao longo dos últimos anos, os antecedentes de Muxúnguè e de outros locais e tentativas, que se assistiram nos últimos meses, de concentração de homens armados em vários locais do nosso país o ‘modus faciendi’ tudo isso nos mostra que esta é uma acção da Renamo. Não existe uma outra entidade que possa ter levado esta acção”, disse Muthisse, que também desempenha as funções de vice-ministro das pescas.
Segundo o governante, acresce o facto de aquele antigo movimento rebelde manter homens armados nas suas bases ou nas suas sedes.
O governo afirma ainda que nos últimos anos a Renamo tem estado a incitar de maneira muito activa a situações de violência e de ódio no seio da sociedade moçambicana.
Para o governo, este ataque completamente injustificado a uma posição das forças de defesa e segurança em Savane é o corolário de todo este processo de ameaças e de incitação a violência que a Renamo tem estado a fazer.
FORÇAS DE DEFESA E SEGURANÇA NO ENCALÇO DOS ATACANTES
O Porta-voz do Conselho de Ministros disse que as forças de defesa e segurança estão no encalço dos homens que atacaram o paiol de Savane, de modo a conduzir os seus responsáveis a justiça.
“O objectivo dessa perseguição é encontrá-los de modo a responsabilizá-los perante as instituições de justiça no nosso país, porque claramente a acção levada a cabo é ilegal, é contra as regras de convivência pacífica e é um acto que periga a paz, a estabilidade e a unidade nacional”, frisou.
O governo aproveitou a oportunidade para endereçar uma mensagem de solidariedade e condolências as famílias das vítimas.
SG/mz
AIM – 18.069.2013

domingo, 16 de junho de 2013


CARTA ABERTA AO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, SUA EXCELÊNCIA ARMANDO EMÍLIO GUEBUZA SOBRE A GREVE NA SAÚDE

de N Henriques Viola (Notas) - Terça-feira, 11 de Junho de 2013 às 12:57
Nota: Faz um "LIKE" neste post em sinal de assinatura desta carta aberta/abaixo assinado!

Excelência,

Iniciou à 20 de Maio de 2013 a 2ª greve dos médicos, desta vez junto dos profissionais da saúde em Moçambique. Esta greve tem assumido contornos bastante graves, na medida em que afecta sobremaneira a qualidade de vida dos moçambicanos, colocando-os em risco de vida, chegando a causar mortes em muitos casos. Escrevemos-lhe na qualidade de responsável último da governação em Moçambique, qual “o mais alto magistrado da nação”.

Acreditamos,pois, que é de interesse de V. Excia que os cuidados médicos e medicamentosos sejam prestados com a necessária qualidade para os moçambicanos, por profissionais de saúde satisfeitos, orientados por um governo sensível e capaz de suprir as necessidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Escrevemos por acreditar que o governo tem ou pode encontrar à breve trecho as soluções, não só no sentido de parar com a greve, mas também para melhorar outros aspectos do SNS.

Escrevemos para V. Excia porque notamos e estamos convencidos que os interlocutores (Ministério da Saúde  vs Associação Médica de Moçambique e Comissão dos Profissionais de Saúde Unidos) não estão a dialogar de forma frutuosa mas sim usando uma estratégia hesitante com efeitos nefastos para os utentes do SNS, justificando-se deste modo a intervenção frutífera, URGENTE e inadiável de V. Excia como o garante final da Constituição da República e da estabilidade social e política de Moçambique. Intervir não significa só “apelar”. Se o “o mais alto magistrado da nação”  intervém apelando, o que será dos outros sectores da sociedade sem poder de decisão?

Excelência,
Embora ainda escassa, a experiência democrática dos moçambicanos, quer em processos sociais, políticos, como económicos, permite-nos perceber a situação difícil em que o governo se encontra, todavia, importa assumir as responsabilidades, decidir e resolver este conflito, por dois entre vários motivos: a) Se não fosse difícil não haveria necessidade de eleger governantes em Moçambique, b) houve várias oportunidades para resolver a situação de forma mais pacífica, mas o governo preferiu fazer aquilo que em gíria chama-se de “táctica de avestruz”,ou seja, fingir que não está a ver e adiar os problemas. É do nosso conhecimento que os profissionais de saúde endereçaram mais de 15 cartas aos órgãos do Estado, incluindo ao governo chefiado por V. Excia, entretanto,nenhuma delas se dignou sequer a responder. O Governo nem sequer informou aos médicos sobre os valores concretos dos aumentos/reajustes salariais que estava a equacionar. Esta atitude absolutamente reprovável e de não dialogo empurrou os profissionais da saúde para a única opção que lhes restava – a greve – com todos efeitos nefastos para a sociedade, para a governação e particularmente danosos para o pacato cidadão, desprovido quer de poder financeiro para recorrer às clínicas privadas e como de poder político para beneficiar das caríssimas e famosas juntas médicas para o estrangeiro.

Queremos recordar que a causa da greve não é apenas a falta de dinheiro como o MISAU faz transparecer, mas principalmente a falta de vontade de negociar e encontrar meio-termos revelada pelo governo. A falta de vontade ou incapacidade de dialogar, de criar consensos. Não está em causa apenas o dinheiro, Excelência, mas sim os valores éticos e morais mais sublimes na relação entre os governantes e os governados. Falamos de valores como respeito mútuo! Falamos de princípios, Excelência. Princípios como equidade, justa partilha da dita “pouca” riqueza do país. Excelência, parece que o seu Governo se esqueceu dos valores, dos princípios e dos pressupostos básicos de governação participativa. Não significa apenas dinheiro, mas sim acima de tudo RESPEITO!

O caderno reivindicativo dos profissionais de saúde assenta-se em duas linhas essenciais: A questão salarial e a questão dos “Estatutos dos Médicos”. Não se percebe porquê os Estatutos não foram submetidos à Assembleia da República como estava previsto no Memorando de Entendimento que o Governo e a AMM assinaram! Aparenta ser por falta de vontade política, se estivermos errados nos corrija, Excelência.


Senhor Presidente,
É do nosso conhecimento que já à 20 de Julho de 2007 foi submetido à Unidade Técnica de Reforma do Sector Pública (UTRESP), hoje adstrita ao Ministério da Função Pública, uma proposta de “Estratégia Geral da Reforma Salarial 2007-2015”, na função pública, no entanto, 6 anos depois a mesma continua a consumir pó nas gavetas dos vários pelouros, com destaque para o da Ministra Victória Diogo. Na altura, a proposta já diagnosticava o caso de Moçambique entre os países cuja política salarial era basicamente “reactiva” e até hoje não mudou! Este modelo de gestão da coisa pública propicia o surgimento de conflitos entre as classes profissionais e entre o Estado e os seus funcionários.

Excelência,
Queremos assinalar que não é função dos profissionais de saúde pensar sobre a proveniência do dinheiro para a criação de condições básicas de trabalho ou para salários/pagamentos condignos. Pois só o governo detém as necessárias informações sobre onde, como, porquê e quando aloca o orçamento para determinados sectores e rubricas. Todavia, importa recordar que os profissionais da saúde e a população em geral têm a percepção mais ou menos clara de que há dinheiro no Estado, senão muito, pelo menos o suficiente para criar condições dignas e equitativas, pelo que os mesmos também merecem a sua justa e merecida parte do dinheiro do Estado. É percepção generalizada de que se o país não tivesse dinheiro, os governantes não teriam tantas regalias. Se não houvesse dinheiro, não teriam sido alocado tantos e caríssimos helicópteros para as presidências abertas. Não assistiríamos de forma cíclica e crónica o desvio de fundos do Estado para os bolsos de particulares sob o impávido olhar aparentemente da justiça.

Vários académicos já vieram à público mostrar que a política de distribuição da riqueza através do Orçamento do Estado obedece a critérios pouco claros (para não dizer outra coisa), sendo o mais emblemático o livro “A Economia Política do Orçamento em Moçambique” da autoria do Economista moçambicano, o Roberto Tibana e Tom Hodges, publicado em 2005. Mas pouco ou nada foi feito para mudar isso.

Excelência,
Senão houvesse dinheiro o reembolso dos vulgo “7 milhões”seria obrigatório. Senão houvesse dinheiro não teríamos as “chorudas” isenções fiscais para os megaprojectos e muito menos ainda a (deliberada?) exploração ilegal e descontrolada de madeira e outros recursos naturais, como por exemplo os pesqueiros que não pagam os devidos e justos impostos para o Estado. Ou seja, a percepção que existe é que há dinheiro, todavia o Governo de Moçambique discrimina certos funcionários públicos, favorecendo outros, sem critérios claros. No Governo do malogrado Presidente Samora Machel, o médico ganhava metade do que auferia o Presidente da República. Hoje ninguém sabe quanto ganha sequer um ministro. Apenas sabemos que há sectores com rendimentos a duplicar ou mais os salários de seus congéneres do sector da saúde. Porquê esta diferença, Excelência?

Senhor Presidente,
Para finalizar, gostaríamos uma vez de lhe lembrar que não cabe aos profissionais de saúde calcular e encontrar os números que satisfaçam as suas reivindicações, mas sim quem governa.
Estamos à escassos momentos de propor e aprovar o orçamento rectificativo. Esta é uma oportunidade para enquadrar em termos orçamentais.

Excelência,
O recurso à força como alternativa ao diálogo e negociação é típico de regimes brutais e ditatoriais. Pelo que não podemos terminar esta carta antes de repudiar o uso excessivo e desproporcional do poder da força para travar os profissionais de saúde que se manifestam de acordo com a constituição. O Senhor é o garante da Constituição. É mais reprovável ainda,quando do uso abusivo da força resulta a detenção do líder da greve, o Dr. Jorge Alexandre Harrisson Arroz em circunstâncias absolutamente não justificáveis, quer sob ponto de vista legal, ético assim como humano.

Excelência,
Saudamos a sua iniciativa de visitar o Hospital Central de Maputo e apelar aos profissionais de saúde para que voltem aos seus postos de trabalho. Contudo, como referimos anteriormente, “apelar” apenas não basta para o calibre e Estatuto de um Chefe de Estado e de Governo. Pelo que PROPOMOS que ABANDONE O CONFORTO DA PONTA VERMELHA, NEGOCIE, DIALOGUE, LIDERE E SOLUCIONE com carácter de URGÊNCIA, queria dizer, EMERGÊNCIA! Pois cada segundo perdido no sofá da Ponta vermelha, ou em encontros económicos e políticos no oriente pode significar mais uma, mais duas, três ou até milhares de vidas perdidas, no Hospital Central de Maputo, em Chicualacuala, Sussundenga, Ionge ou mesmo Murrupula, onde Vossa Excelência terá nascido.

Resolva a situação Excelência! Lidere Senhor Presidente!

Como devido respeito,
Os Signatários



LISTA DE ASSINANTES DA CARTA ABERTA AO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, SUA EXCELÊNCIA ARMANDO EMÍLIO GUEBUZA SOBRE A GREVE DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE

  1. Napoleão Henriques Viola
  2. Nelson Joel Tchamo
  3. Fernando Menete
  4. Edgar Kamikaze Barroso
  5. Agostinho Augusto
  6. João Bruno Craveirinha
  7. Ângela de Sá
  8. Anselmo Matusse
  9. Jorge Jemuce
  10. Patrícia Ramgi
  11. Núria Waddington Negrão
  12. António Kawaria
  13. Samson Fumo
  14. Ivan Tancredo Nhamposse
  15. Elísio Leonardo
  16. Noelma Lourenço
  17. Sandramo António
  18. Fernando Matias Bacar
  19. António Joaquim Mondlane
  20. Odibar João Lampeão
  21. Abel Sainda
  22. Telma da alegria Soda
  23. Ivania Chebeia
  24. Palmerim Chongo
  25. Elisio Leonardo
  26. Paulo Bouene
  27. João Mendes
  28. Leonel Napita
  29. Alcides de Amaral
  30. Michael César
  31. Luís Nhachote
  32. Helder Rufino Companhia
  33. Sérgio Zilhão
  34. Rabia Ussy
  35. Henoch Jemusse
  36. Venâncio Mondlane
  37. Xavier Ninlova
  38. Helder Malauene
  39. Ivo Vicente
  40. Chigamanhane Mazanga
  41. Agostinho Machava
  42. José Maria Manejo
  43. Augusto Gildo Buanaissa 
  44. Zeinah Djane
  45. Lúcia Jofrisse
  46. Denise Andorinha
  47. José Jeco
  48. Paula Monjane
  49. Celso Gabriel
  50. Júlia Pedro
  51. Augusta Chabuca  
  52. Okito Cooper

terça-feira, 11 de junho de 2013

Mia Couto no Acto Oficial de Condecoração: Prémio Camões 2013.



Mia_coutoSua Excelência, o Presidente de Portugal
Sua Excelência, a Presidente de Brasil
Excelentíssima presidente do Júri do Prémio Camões
Ilustres membros do governo português
Senhor embaixador de Moçambique e embaixadores dos países da CPLP
Meus senhores e minhas senhoras
Sempre pensei que, em ocasiões como esta, se deve fugir ao estereótipo dos agradecimentos e dedicatórias. Os prémios não se dedicam: partilham-se. Aqui nesta sala estão algumas das pessoas que partilham comigo esta distinção: a minha mãe, Maria de Jesus; a Patrícia, minha mulher; os meus filhos Madyo, Luciana e Rita; estão aqui familiares e amigos, que representam o universo de afectos com quem, dentro e fora de Moçambique, fui tecendo a minha obra. Está aqui o meu editor desde a primeira hora, o Zeferino Coelho, que se ocupou em que eu não me desocupasse nunca dos labores e do prazer da escrita. Todos estes familiares e amigos são co-autores dos meus livros. Mas há alguém com quem quero partilhar especialmente este momento: o meu pai, Fernando Couto. Foi ele que me ensinou não apenas a escrever poemas,mas a viver em poesia. Este prémio pertence a esse sentimento do mundo que ele me legou como uma sombra que resta mesmo depois de tombar a última árvore.
Partilho, finalmente, este momento com a gente anónima de Moçambique, essa multidão que fabrica a nação viva e sonhadora que venho celebrando há mais de trinta anos. Parte dos moçambicanos que, junto comigo, assinam os meus livros não sabe escrever. Muitos não falam sequer português. Mas guardam no seu quotidiano uma dimensão mágica e poética do mundo que ilumina a minha escrita e encanta a minha existência. Toda esta nação de gente tão diversa faz-se aqui representar pelo embaixador de Moçambique, o meu compatriota Jacob Jeremias Nyambir, a quem eu também saúdo como companheiro da luta pela independência nacional. 
Caros amigos    
Esta cerimónia poderia também ocorrer na Ilha de Moçambique onde Luís Vaz de Camões viveu durante dois anos. Ali o poeta morou pobre, desamparado e sem amigos. Ali, em solo moçambicano, o poeta fez a última revisão dos Lusíadas. Dois anos é muito tempo para alguém que apenas sabia viver em paixão. Talvez ali tivesse encontrado amores, desses que ele dizia “fazerem do amador a coisa amada”. Pode ser que, nas praias do Índico, vivam hoje moçambicanos que trazem, no seu sangue, o sangue do poeta português. Pode ser, enfim, que outras imortalidades, mais mortais e mundanas, se juntem ao nome de Luís Vaz de Camões. Nunca o saberemos, como não saberemos nunca as mil possíveis leituras do nosso destino comum.
Não fosse a intervenção de um amigo, que curiosamente se chamava Couto, talvez Camões tivesse ficado para sempre naquele exílio africano. Foi Diogo Couto que lhe pagou a passagem de regresso a Lisboa. Não tivesse sido assim e aconteceria com ele aquilo que, séculos depois, sucedeu com o poeta luso-brasileiro, António Thomaz Gonzaga que viveu, amou e ficou sepultado na mesma Ilha de Moçambique. Não fosse uma fugaz casualidade de uma visita não prevista de um amigo e poderíamos não ter hoje a grande obra épica lusitana. (Faço um parenteses, para uma confissão: esta exaltação de um improvável parente meu, destina-se apenas a puxar lustro ao clã dos Coutos, num mundo em que ter família conta tanto quanto nos tempos de Camões.)
Os Lusíadas não teriam igualmente sobrevivido se tivessem suscitado um parecer desfavorável da censura da Inquisição que estava acima da decisão do Rei de Portugal. O Censor do Santo Ofício licenciou a edição do livro mas ainda teve algumas reservas por causa da referência que o poeta fazia aos deuses da chamada gente pagã. Mas o censor acabou por ceder pela razão que passo a citar: “ fica, porém, sempre salva a verdade da nossa santa fé, pois que todos os deuses dos gentios são demónios.”
Estamos longe desses tempos. Mas não sei se estamos assim tão afastados dos desconhecimentos, preconceitos e medos sobre os outros e sobre os deuses em que esses outros se sonham. Não temos a censura da Inquisição, mas temos outras censuras sem nome que nos patrulham o pensamento e nos domesticam a ousadia da mudança. Essa mudança que Camões tanto cantou como sendo a substância da vida e do tempo. 
Falei da Ilha de Moçambique enquanto metáfora da constelação de nações que falam português, mas que não são faladas, de igual maneira, por esse mesmo idioma. Esquecemo-nos, por vezes, que estas nações integram povos que falam outras línguas e que vivem outras culturas e outros deuses. Somos, enfim, produto de uma História que se fez só por metade. Da narrativa do nosso passado faltam a voz e o rosto dos que, afastados da escrita, não puderam registar outras versões dos nossos encontros e desencontros. Talvez os escritores de hoje possam resgatar as vozes que ficaram esquecidas e ocultas.
Todos sabemos o quanto está ainda por cumprir o vaticínio que o poeta Jorge de Sena atribuiu a Luís de Camões: “que da ilha rasgada pela História uma ilha única se fizesse, sem separação de miséria e luxo, onde todos, de igual modo, pudessem na felicidade fazer morada”.
Pensamos que um prémio serve para celebrar o que já fizemos. Prefiro pensar que se trata de celebrar o que ainda falta fazer. E o quanto nos compete realizar a todos nós para que seja mais viva e mais verdadeira esta família que celebramos na nossa língua comum.
Muito obrigado a todos.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Profissionais de Saúde marcham em Maputo



Greve_saude_macrhasCENTENAS de profissionais de Saúde, entre médicos, enfermeiros, serventes e outro pessoal de apoio, marcharam ontem por algumas artérias da cidade de Maputo, com as bocas amordaçadas em protesto contra o alegado silêncio do Governo face às suas reivindicações.
Maputo, Quarta-Feira, 5 de Junho de 2013:: Notícias
A marcha, que marcou o 15º dia da greve dos médicos seguiu um itinerário diferente ao inicialmente programado, tendo partido da sede da Associação Médica de Moçambique (AMM), na avenida Eduardo Mondlane até a Praça da Paz.
O porta-voz da AMM, Paulo Samo Gudo, disse que o trajecto da marcha foi redefinido à última hora alegadamente por a Polícia ter desaconselhado a passagem pelas instituições de soberania, tal é o caso do gabinete do Primeiro-Ministro, que às terças-feiras acolhe a sessão do Conselho de Ministros.
Para além de bocas amordaçadas, os participantes da marcha empunhavam pratos vazios, em protesto às condições salariais, e ainda dísticos com dizeres como “saúde organizada sempre a vencer”, “cuidar de quem cuida” e “juramos salvar vidas, mas não juramos morrer a fome”. 
Samo Gudo explicou que esses dizeres demonstram que os grevistas continuam com o mesmo espírito, que é de cuidar do povo, à espera que alguém cuide da classe, mas estão apenas a receber um silêncio do Governo, que deveria responder as suas preocupações.
O porta-voz da AMM acusou ainda o Executivo de não pretender dialogar com os profissionais de Saúde e de apostar na ameaça e intimidação para travar a greve.
"A nossa luta é contra a desigualdade no tratamento dos funcionários do Estado pelo que nada vai parar este movimento enquanto as exigências dos profissionais de Saúde não forem resolvidas", acrescentou.
Justificou essa afirmação pelo facto de terem já efectuado negociações que paralisaram a greve de 15 de Janeiro último, mas, segundo disse, as cláusulas do memorando foram unilateralmente violadas.
No entanto, a porta-voz do Ministério da Saúde, Francelina Romão, reiterou ontem a disponibilidade do Governo, através do MISAU, em prosseguir o diálogo com os médicos, de modo a se encontrar uma solução para a greve.
“A maioria dos profissionais de Saúde já está nos seus locais de trabalho e é mais fácil o diálogo quando as pessoas já estão a trabalhar. Nós continuamos a fazer apelos àqueles que ainda não se apresentaram nos seus sectores de actividade para retomarem. É importante conversar com as pessoas enquanto trabalham porque os doentes continuam a aparecer. Não é justo, não é humano ficarmos nesse impasse enquanto as pessoas precisam dos serviços. Enquanto trabalhamos vamos discutindo e nos organizarmos, fazemos um cronograma do que melhorar em seis meses, um ano, por aí em diante”, acrescenta Romão.
Enquanto isso, o porta-voz da AMM reiterou ontem que a associação não concorda com a equipa indicada para o diálogo porque esta não tem poder de decisão e nos encontros insiste em querer discutir ainda a legalidade da greve.
O diferendo mantém-se porque os médicos rejeitam o aumento de 15 por cento de salário decretado pelo Governo e exigem um incremento de 100 por cento, uma subida de 35 por cento no subsídio de risco e a aprovação do Estatuto Médico pelo Parlamento.
Por sua vez, o Governo defendendo um aumento faseado dos salários dos médicos face à alegada incapacidade de sustentar um aumento salarial de 100 por cento.

Situação estacionária noutros pontos do país

Maputo, Quarta-Feira, 5 de Junho de 2013:: Notícias
MAIS médicos continuam a regressar na cidade da Beira aos seus postos de actividade em consequência dos múltiplos apelos que vem sendo feitos pela sociedade. Sem entrar em detalhes, o médico-chefe provincial, Francisco Gulingue, disse ontem à Reportagem da nossa Delegação da Beira, que a nível da Direcção de Saúde da Cidade três médicos já voltaram à actividade sucedendo o mesmo com alguns outros cujo número não especificou que regressaram ao Hospital Central da Beira.
Segundo soubemos, 14 dos 104 médicos do HCB continuam a observar a greve numa altura em que os serviços mínimos também continuam a estar garantidos em todos os sectores daquela unidade sanitária.
O médico-chefe provincial disse ainda que contrariamente à primeira semana da greve o atendimento hospitalar está agora ‘’muito melhor’’, embora tenha reconhecido haver alguma morosidade.  
Enquanto isso, doentes sofrendo de várias enfermidades nas cidades de Maputo e Matola com familiares na província de Inhambane têm estado a procurar socorro para tratamento das suas doenças nos hospitais públicos daquela região do sul do Save.
De acordo com o director provincial de Saúde em Inhambane, Naftal Matusse, o hospital provincial tem estado a receber doentes para fazer consultas daquelas zonas do país, desde que iniciou a greve a 20 de Maio último.
Matusse disse que Inhambane conta neste momento com três faltas, sendo duas médicas do Hospital Rural de Quissico e um do hospital provincial. Os enfermeiros que tinham aderido à paralisação laboral nos primeiros dias, já retomaram suas actividades.
Todavia, aquele dirigente disse que o regresso dos grevistas ainda não é acompanhado pelo atendimento aceitável nas unidades sanitárias, havendo por isso a necessidade de se desenvolver um trabalho de sensibilização dos técnicos para trabalharem com profissionalismo.
Naftal Matusse disse que no trabalho de sensibilização, a comunicação social joga um papel importante não só chamando à razão os técnicos de saúde, como também apelando à população para o regresso aos hospitais públicos, pondo de lado o espectro de medo e incerteza que se viveu nas últimas duas semanas.
Por seu turno, o impacto da greve que os médicos vêm observando no país, está cada dia mais incipiente na província de Manica. Todas as unidades sanitárias estão a funcionar em pleno e salvo pequenos sinais de desleixo, todos os funcionários da Saúde comparecem todos os dias nos seus postos de trabalho.
Apenas dois dos 47 médicos afectos a várias unidades sanitárias da província de Manica, é que continuam em greve, sendo o primeiro no Hospital Provincial e o segundo no Centro de Saúde de Chitobe, no distrito de Machaze.
O Director Provincial de Saúde de Manica, Juvenaldo Amós, minimiza o problema e considera que a ausência daqueles profissionais de Saúde, não abala, por enquanto, o funcionamento do Serviço Nacional de Saúde na província, com o recurso aos médicos estrangeiros, técnicos e estudantes do instituto local de Ciências de Saúde.

Hospital de Cuamba funciona normalmente

Maputo, Quarta-Feira, 5 de Junho de 2013:: Notícias
No Hospital Rural de Cuamba, unidade que atende igualmente doentes provenientes das regiões de Mecanhelas, Metarica, Nipepe (Niassa) e Malema (Nampula), os quatro médicos ali afectos e o pessoal de enfermagem e auxiliares estão a cumprir normalmente com a escala de serviço.
“Apesar de estarem a observar a greve, todos os médicos e 170 quadros de enfermagem e auxiliares, estão nos seus postos a trabalhar normalmente”-disse Elias Mula, director daquela unidade hospitalar.
Segundo o governador do Niassa, David Malizane, a greve deve ser sim um instrumento de pressão para diálogo, mas não se pode substituir este método por abandono de pacientes nos leitos dos hospitais como advogam certos profissionais de saúde.
Enquanto isso, na província de Nampula o atendimento aos pacientes nas diversas unidades sanitárias de referência continua a ser feito dentro da normalidade.
Armindo Tonela, director provincial de Saúde, reconheceu, contudo, que no Hospital Central, o pessoal ali em serviço, chamado a cobrir a vaga deixada pelos 21 médicos que aderiram à greve, trabalha sob uma grande pressão.
Entretanto, o padre Eugénio Mutimucuio, da Igreja Católica, e presidente do Comité de Co-Gestão no Hospital Provincial de Xai-Xai, em Gaza, disse ontem ao nosso Jornal que “independentemente da justeza ou não das reivindicações dos médicos, nada justifica que sejam sacrificadas vidas de pessoas inocentes por falta de assistência médica”.
Por outro lado, Mutimucuio lamentou o facto de os mentores desta greve terem chegado ao cúmulo de nem sequer acautelarem a necessidade de se garantir os serviços mínimos indispensáveis, como tem sido prática corrente em qualquer parte do mundo.
Num outro desenvolvimento, o nosso entrevistado fez um apelo vigoroso tanto ao Governo, como aos médicos, no sentido de dialogarem com um único objectivo de solucionar o problema da privação do direito à vida, defendendo apenas a defesa dos que sofrem inocentemente.
A nossa fonte, teceu palavras de respeito e consideração, por todos aqueles profissionais que não obstante reconhecerem a justeza das reivindicações por melhores salários e condições de trabalho para a classe médica, continuam incondicionalmente a dar seu máximo na assistência aos pacientes, de forma a se evitar perdas de vidas nos nossos hospitais.
Segundo a nossa fonte, caso se mostre necessário a Igreja, como sempre, está totalmente aberta a ajudar na busca de uma solução deste problema, pelo bem da sociedade.

domingo, 2 de junho de 2013

NÃO DUVIDE DO VALOR DA VIDA






Não duvide do valor da vida, da paz, do amor, do prazer de viver, em fim, de tudo que faz a vida florescer. Mas duvide de tudo que a compromete. Duvide do controle que a miséria, ansiedade, egoísmo, intolerância e irritabilidade exercem sobre você.
Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável.
Sábio é o ser humano que tem coragem de ir diante do espelho da sua alma para reconhecer seus erros e fracassos e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno de sua inteligência.
Ser livre é não ser escravo das culpas do passado nem das preocupações do amanhã. Ser livre é ter tempo para as coisas que se ama. É abraçar, se entregar, sonhar, recomeçar tudo de novo. É desenvolver a arte de pensar e proteger a emoção. Mas, acima de tudo, ser livre é ter um caso de amor com a própria existência e desvendar seus mistérios.
Se seus sonhos são pequenos, sua visão será pequena, suas metas serão limitadas, seus alvos serão diminutos, sua estrada será estreita, sua capacidade de suportar as tormentas será frágil. Os sonhos regam a existência com sentido.

Desejo que você
Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la.
Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.
Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo.
Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.
Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.
Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina,
Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.
Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você ama.
Augusto Cury