O governo e a Renamo encontram-se envolvidos num diálogo, a pedido desta formação política, para discussão de uma agenda que inclui quatro pontos, nomeadamente um novo pacote eleitoral, despartidarização da administração do Estado, matérias relativas a defesa e segurança e questões económicas.
O ataque resultou na morte de pelo menos cinco membros das forças de defesa e segurança de Moçambique.
Esta posição foi manifestada pelo porta-voz da 19ª sessão do Conselho de Ministros ocorrida hoje, em Maputo.
“A vontade do diálogo do governo e a vontade de manter a situação de estabilidade política que prevalece no nosso país não vai ficar afectada por essa acção irresponsável, por essa acção injustificada levada a cabo pela Renamo”, disse Gabriel Muthisse, porta-voz do encontro.
“Nós vamos nos encontrar com a Renamo na Segunda-feira para as sessões de diálogo”, acrescentou.
Questionado sobre as razões que levaram o governo a atribuir o referido ataque a Renamo, Muthisse arrolou uma série de eventos ocorridos em Moçambique nos últimos anos.
“O percurso deste partido, as ameaças que vem proferindo ao longo dos últimos meses, até diria ao longo dos últimos anos, os antecedentes de Muxúnguè e de outros locais e tentativas, que se assistiram nos últimos meses, de concentração de homens armados em vários locais do nosso país o ‘modus faciendi’ tudo isso nos mostra que esta é uma acção da Renamo. Não existe uma outra entidade que possa ter levado esta acção”, disse Muthisse, que também desempenha as funções de vice-ministro das pescas.
Segundo o governante, acresce o facto de aquele antigo movimento rebelde manter homens armados nas suas bases ou nas suas sedes.
O governo afirma ainda que nos últimos anos a Renamo tem estado a incitar de maneira muito activa a situações de violência e de ódio no seio da sociedade moçambicana.
Para o governo, este ataque completamente injustificado a uma posição das forças de defesa e segurança em Savane é o corolário de todo este processo de ameaças e de incitação a violência que a Renamo tem estado a fazer.
FORÇAS DE DEFESA E SEGURANÇA NO ENCALÇO DOS ATACANTES
O Porta-voz do Conselho de Ministros disse que as forças de defesa e segurança estão no encalço dos homens que atacaram o paiol de Savane, de modo a conduzir os seus responsáveis a justiça.
“O objectivo dessa perseguição é encontrá-los de modo a responsabilizá-los perante as instituições de justiça no nosso país, porque claramente a acção levada a cabo é ilegal, é contra as regras de convivência pacífica e é um acto que periga a paz, a estabilidade e a unidade nacional”, frisou.
O governo aproveitou a oportunidade para endereçar uma mensagem de solidariedade e condolências as famílias das vítimas.
SG/mz
AIM – 18.069.2013
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